24 de outubro de 2011

{beijinhos de preta}

Brigadeiros


2 latas de leite condensado

1 pacote de chocolate em pó
2 colheres de sopa de manteiga
Açúcar ou raspas de chocolate para polvilhar

Numa panela, em lume brando, misturam-se todos os ingredientes e mexendo sempre, vamos cozendo o leite com o chocolate e a manteiga, até que se obtenha aquele ponto em que ao atravessar a colher pelo meio da panela, se vá deixando um caminho para ver o fundo da panela. Isto leva mais ou menos 10/15 minutos.
Quando conseguirmos esse ponto, devemos deixar arrefecer o chocolate. Poderá demorar algumas horas e não aconselho que ponham a panela no frio, pois o chocolate fica muito 'esponjoso'.
Assim que estiver frio, untamos as mãos com óleo de cozinha e vamos fazendo bolinhas, que podemos polvilhar com o açúcar ou com as raspas de chocolate. Eu prefiro o açúcar, pois sempre fiz assim.

Aproveitando a onda, os brigadeiros também podem ser de coco, se substituirem o chocolate por coco ralado. Igualmente deliciosos.

A minha veia doce.

Dizem que saio à minha avó materna, que fazia doces e bolos como ela só. São as mais doces recordações que tenho da minha infância: os doces da minha avó. Ninguém no mundo fazia um bolo de chocolate melhor que o dela, nem o de pão-de-ló, nem o de fubá, nem os brigadeiros, nem as bavaroises de ananás, nem os bolos de vinho da madeira..
Dizem que herdei dela o toque especial para fazer bolos. Eu não acho, nem pouco mais ou menos. Tento vir aperfeiçoando os toques, os truques, os segredos. Mas nada se compara à recordação do cheiro de um bolo acabado de fazer pela Alice, a minha avó.
E que deixa tantas saudades.

22 de outubro de 2011

dos pequenos temperos, saem grandes sabores

Se eu consigo ter plantas em casa sem lhes dar cabo da vida, então qualquer pessoa consegue. Ou as afogo ou as deixo morrer à sede. Contudo, estas amigas muito saborosas e bem cheirosas, parece que já nascem ensinadas. São umas queridas e com pouco trabalho, cumprem o que prometem.







À venda nas grandes superficies, são baratinhas, fáceis de transportar, já chegam plantadas e tudo e trazem 'livro de instrucções' para as pessoas menos dadas à hortofruticultura, como eu.
Usem e abusem das ervas aromáticas. Para além de darem um sabor especial aos vossos pratos, fazem com que utilizem menos sal, pois já conferem tempero à comida.
Neste momento, tenho em casa oregãos, cebolinho, basilico (manjericão) e menta.


21 de outubro de 2011

o primeiro prato que aprendemos a fazer quando somos estudantes

Esparguete à Bolonhesa


Quando temos dezoito anos, achamos que esparguete à bolonhesa é sinónimo de esparguete cozido com carne picada e molho de tomate. Com um bocado de sorte, somos capazes de ter lá por casa um queijo qualquer para misturar. Quando temos trinta e dois e já somos exigentes com aquilo que ingerimos, sabemos que esparguete à bolonhesa é muito mais que isso. A massa tem de estar al dente, a carne picada tem de ser suave e tenra, o molho tem de parecer veludo.. e, convenhamos, não vamos ralar 'la vache que rit' para adornar o nosso prato, certo?

Pois que, foram precisos alguns anos para aperfeiçoar o primeiro prato que fiz sozinha, enquanto estudante. Depois de muitas tentativas e invenções, de põe natas e tira natas, põe cenoura tira cenoura, aprimorei a receita que hoje vos trago. E que deixa qualquer um a lamber o prato.



Como podem ver, do mais simples que possa existir, o segredo está no molho que fazemos e onde vamos cozinhar a carne. E os principais ingredientes no molho são as ervas aromáticas frescas. Aqui as quantidades não interessam muito. Obviamente, coloco ali esparguete para quatro pessoas, mas na realidade, na hora de fazer, faço a olho. Já as embalagens de carne picada, indicam a quantidade de pessoas que, provavelmente, aquela embalagem pode servir. O queijo, bem.. esse é opcional, por isso não dei qualquer indicação. Como não suporto o cheiro do parmesão, opto por outros mais suaves: mozarella, emmental.. muitas vezes, nem sequer coloco. Acho que é uma questão de gosto.

porque não se cozinha sem música..

Acho que vão gostar de saber isto. Senão sempre podem passar à frente.

Nasci no meio de uma cozinha. Bom, não literalmente, mas quase, porque o negócio da família era um restaurante. Nunca me preocupei realmente em aprender a cozinhar, até porque tive sempre alguém que o fizesse por mim. O melhor foi quando saí de casa para ir estudar. Se queria comidinha da boa, sem ter que largar a semanada, tinha que me desenrascar. Portanto, basicamente, tudo aquilo que sei hoje, no que diz respeito a tachos e fogão, aprendi by myself e já foi bom.

Obviamente que, com o passar dos anos, com a família que se constitui e cresce, vamos aprendendo, aperfeiçoando e adquirindo novos métodos, paladares mais requintados.. olho para a coisa, portanto. E claro, nunca esquecendo que, hoje em dia, a tv por cabo trouxe até nós fenómenos como o Jamie ou como a Nigella, que nos aguçam o apetite e a vontade por querer arregaçar as mangas e pegar nas panelas.

É isto. Sou metade sal (da avó paterna) e metade açúcar (da avó materna). Espero que vos sirva de inspiração.

Antes de mais nada e considerem-se avisados.

Eu não sou cozinheira. Nem pouco mais ou menos. Gosto é de comida. E de comer.